terça-feira, 7 de outubro de 2008


"O segundo sintoma da morte de nossos sonhos são as nossas certezas. Porque não queremos olhar a vida como uma grande aventura a ser vivida, passamos a nos julgar sábios no pouco que pedimos da existência. E não percebemos a imensa Alegria que está no coração de quem está lutando."

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Once - O filme...


“É difícil de explicar. Música para mim é sentimento. Sempre foi e sempre será. As músicas que mais me marcam são aquelas que de uma forma ou de outra, ou expressam algo que já vivi, ou expressam algo que eu gostaria de viver, ou expressam uma emoção que sou capaz de sentir por empatia.”

O que dizer, então, de um filme cuja trama é contada, especialmente e principalmente, por uma sequencia de músicas que se enquadram na categoria acima?

No filme, um músico que toca suas canções nas ruas de Dublin conhece uma florista tcheca que toca belissimamente o piano. Durante uma semana, eles convivem um com o outro, compõem e se tornam próximos, embora ela seja casada e ele esteja apaixonado pela ex-namorada.

A música é o fator que os aproxima, além da incrível solidão que ambos sentem. E a relação entre eles vai sendo marcada pelas canções, muito mais do que por diálogos ou ação.

A aproximação dos dois, o sentimento que a relação desperta, e o intenso envolvimento com a música, faz com que ambos saiam do abismo emocional onde ambos se escondiam, e com que consigam relembrar velhos sonhos.

“Once” é um filme extremamente realista, desde sua fotografia à edição, peassando obviamente pelo roteiro. A câmera está quase o tempo todo na mão, passando uma impressão quase documental da trama. E este realismo todo não aliena o filme, muito pelo contrário, faz com que nosso envolvimento com os personagens se acentue.