"O segundo sintoma da morte de nossos sonhos são as nossas certezas. Porque não queremos olhar a vida como uma grande aventura a ser vivida, passamos a nos julgar sábios no pouco que pedimos da existência. E não percebemos a imensa Alegria que está no coração de quem está lutando."
terça-feira, 7 de outubro de 2008
sexta-feira, 3 de outubro de 2008
Once - O filme...
“É difícil de explicar. Música para mim é sentimento. Sempre foi e sempre será. As músicas que mais me marcam são aquelas que de uma forma ou de outra, ou expressam algo que já vivi, ou expressam algo que eu gostaria de viver, ou expressam uma emoção que sou capaz de sentir por empatia.”
O que dizer, então, de um filme cuja trama é contada, especialmente e principalmente, por uma sequencia de músicas que se enquadram na categoria acima?
No filme, um músico que toca suas canções nas ruas de Dublin conhece uma florista tcheca que toca belissimamente o piano. Durante uma semana, eles convivem um com o outro, compõem e se tornam próximos, embora ela seja casada e ele esteja apaixonado pela ex-namorada.
A música é o fator que os aproxima, além da incrível solidão que ambos sentem. E a relação entre eles vai sendo marcada pelas canções, muito mais do que por diálogos ou ação.
A aproximação dos dois, o sentimento que a relação desperta, e o intenso envolvimento com a música, faz com que ambos saiam do abismo emocional onde ambos se escondiam, e com que consigam relembrar velhos sonhos.
“Once” é um filme extremamente realista, desde sua fotografia à edição, peassando obviamente pelo roteiro. A câmera está quase o tempo todo na mão, passando uma impressão quase documental da trama. E este realismo todo não aliena o filme, muito pelo contrário, faz com que nosso envolvimento com os personagens se acentue.
sábado, 9 de agosto de 2008
Uma Prece...
CONFIA SEMPRE
Não percas a tua fé entre as sombras do mundo.
Ainda que os teus pés estejam sangrando,
Segue para frente,
Erguendo-a por luz celeste,
Acima de ti mesmo.
Crê e trabalha.
Ainda que os teus pés estejam sangrando,
Segue para frente,
Erguendo-a por luz celeste,
Acima de ti mesmo.
Crê e trabalha.
Esforça-te no bem e espera com paciência.
Tudo passa e tudo se renova na Terra,
Mas o que vem do céu permanecerá.
De todos os infelizes,
Os mais desditosos são os que perderam
A confiança em Deus e em si mesmos,
Porque o maior infortúnio é sofrer
A privação da fé e prosseguir vivendo.
Eleva, pois, o teu olhar e caminha...
Luta e serve.
Aprende e adianta-te.
Brilha a alvorada além da noite.
Hoje, é possível que a tempestade
Amarfanhe-te o coração
E te atormente o ideal,
Amarfanhe-te o coração
E te atormente o ideal,
Aguilhoando-te com a aflição
Ou ameaçando-te com a morte...
Ou ameaçando-te com a morte...
Não te esqueças, porém,
De que amanhã será outro dia.
MEIMEI
De que amanhã será outro dia.
MEIMEI
quinta-feira, 31 de julho de 2008
Detalhes Profundos
quarta-feira, 30 de julho de 2008
Reforma Íntima
Abandono a tristeza e perdôo o meu eu pelos erros cometidos no passado, pelos pecados que tracei contra meu corpo, minha alma e minha mente.
A partir de hoje, o dia será ensolarado e as flores sorridentes como as crianças... Pois apesar de tanta luta e agonia, existe ainda dentro de mim algumas palavrinhas fortes como fé em cada direção, luminosidade em cada passo e alegria no olhar, escondidas ainda em algum lugar.
Que agora... persistem em me mostrar que no fundo tudo é um processo da criação, da nossa criação interior e é preciso ter esperanças, batalhar intensamente para resgatar o que realmente pulsa de mais belo em nosso âmago!
Então eu vou... Firmemente, em busca da minha felicidade que vai além do meu lado pessoal e características profissionais.
Todos nós temos uma missão no universo, temos uma tarefa importante para cumprir, mas para concretizá-la necessitamos primeiramente mudar nossas ações, nossa forma de enfrentar as dificuldades do cotidiano, os deslizes alheios e os enganos que cometemos sem perceber.
Precisamos aprender a doar, compartilhar e ceder muitas vezes. Tudo isso não é um processo fácil, mesmo parecendo, exteriormente, para muitas pessoas. Mas, não importa as pessoas, neste caso, a ação parte de dentro pra fora começando por nós mesmos...
Deixo as janelas abertas para o sol reinar no meu dia e toda e qualquer interferência não tocar em um fio sequer - a minha fé primaria que renasce como uma fênix na minha vida!”
Vanessa Cavalcante
Deixo as janelas abertas para o sol reinar no meu dia e toda e qualquer interferência não tocar em um fio sequer - a minha fé primaria que renasce como uma fênix na minha vida!”
Vanessa Cavalcante
segunda-feira, 28 de julho de 2008
Um toque na alma
Aprecie um filme para tocar a sua alma e modificar a sua opinião sobre suas ações e direções... Seja corajoso e tente! um bom começo - O som do coração!
"O Som do Coração" (August Rush) é um filme sensível, suave e ao mesmo tempo tomado de uma gama de força, emoção e ensinamentos nas entrelinhas, ou melhor, nas entre-notas musicais. Alguns "menos sensíveis" poderão classificá-lo de "açucarado, meloso". Prefiro ficar com a classificação de "suave". As telonas têm estado saturadas de sangue e violência; este filme dá "um tempo" nesse seguimento de fúria. Cada momento do filme é coberto de sensibilidade e ternura que nos é passado pelas cenas, diálogos, fotografias, e principalmente, pela interpretação do pequeno Freddie Highmore como August Rush, um gênio de musicalidade. Sua interpretação nos leva às lágrimas e ao mesmo tempo à reflexão sobre perseverança, desejos, sonhos e fé.Vale muito assisti-lo, no mínimo, duas vezes. O filme só teve um grande erro, ao meu ver: o final não seguiu a suavidade do filme, termina de forma muito brusca. Uma pena que o diretor pecou no encerramento, poderia ser suave como o seguimento do filme. Mesmo assim vale ver. Uma dica aos "sensíveis de coração" e cansados de tanta violência nas telonas e vida real.
Uma Sinopse: Rapaz que cresce em um orfanato é dono de um dom musical impressionante. Aos 11 anos, ele passa a se apresentar nas ruas de Nova York e usa seus talentos para encontrar seus pais, casal de músicos que foram separados pelo acaso quando jovens. Elenco: Robin Williams, Freddie Highmore, Keri Russell, Jonathan Rhys Meyers, Terrence Howard, William Sadler
terça-feira, 22 de julho de 2008
Amo esse texto...
“Todos os que dependem de alguma coisa para viver são dependentes, certo?
Dependente é uma palavra criada para não usar a outra mal vista: viciados.
Dependente é uma palavra criada para não usar a outra mal vista: viciados.
“Os que se acham superiores, por fazer parte da turma saudável que tem horror ao cigarro e às bebidas, acham que não tem nenhum vício; será”?
”Todos temos nossos vícios; os que fazem mal à saúde – e nesses os amigos, a família e até o governo se metem – e os que são altamente considerados pela sociedade, como trabalhar à noite e nos fins de semana ou se sacrificar por alguma causa. Esses são louvados em prosa e verso.
Será que o vício se escolhe?
Se a resposta for sim, tente se viciar em alegria; ela não intoxica nem faz mal à saúde, e usada em altas doses é capaz até de mudar o mundo, mas cuidado: pessoas alegres não costumam ser levadas a sério. Por isso, quando estiver perto dos sérios de carteirinha, é prudente nem sorrir e mostrar-se extremamente preocupado com a situação em geral.
“Porque os sérios só acreditam em quem faz cara de sério, o que também é um vício – e dos piores”.
Danuza Leão - As Dependências
sexta-feira, 18 de julho de 2008
Eu agora
Se depois de eu morrer,
quiserem escrever a minha biografia,
não há nada mais simples!
Tem só duas datas — a da minha nascença
e a da minha morte.
Entre uma e outra coisa todos os dias são meus....
Amei as coisas sem sentimentalidade nenhuma.
Nunca tive um desejo que não pudesse realizar,
porque nunca ceguei.
Mesmo ouvir nunca foi para mim
senão um acompanhamento de ver.
Compreendi que as coisas são reais
e todas diferentes umas das outras;
Compreendi isto com os olhos,
nunca com o pensamento.
Compreender isto com o pensamento
seria achá-las todas iguais.
Um dia deu-me o sono como a qualquer criança.
Fechei os olhos e dormi......
Absoluto
É a fraqueza do homem que o torna sociável; são as nossas misérias comuns que levam os nossos corações a interessar-se pela humanidade; não lhe deveríamos nada, se não fôssemos homens. Todos os afectos são indícios de insuficiência; se cada um de nós não tivesse necessidade dos outros, nunca pensaria em unir-se a eles. Assim, da nossa própria enfermidade, nasce a nossa frágil felicidade. Um ser verdadeiramente feliz é um ser solitário; só Deus goza de uma felicidade absoluta; mas qual de nós faz uma ideia do que isso seja? Se algum ser imperfeito se pudesse bastar a si mesmo, de que desfrutaria ele, na nossa opinião? Estaria só, seria miserável. Não posso acreditar que aquele que não precisa de nada possa amar alguma coisa; não acredito que aquele que não ama nada se possa sentir feliz.
in 'Emílio'
Mais um texto afinal
“Em frente ao Vert-Galant, eu dominava a ilha. Sentia subir em mim um vasto sentimento de força, e, como direi?, de plenitude, que me dilatava o coração. Ergui a cabeça e ia acender um cigarro, o cigarro da satisfação, quando, no mesmo momento, estalou um riso atrás de mim. Surpreendido, voltei-me bruscamente: não havia ninguém. Virei-me para a ilha e de novo ouvi o riso pelas minhas costas, um pouco mais distante... Fiquei ali, imóvel. O riso diminuía, mas eu ouvia-o ainda distintamente por detrás de mim, vindo de parte nenhuma... este riso nada tinha de misterioso; era um riso bom, natural, quase amigável, que repunha as coisas no seu lugar... em casa, dirigi-me à casa de banho para beber um copo de água. A minha imagem sorria ao espelho, mas pareceu-me que o meu sorriso era dúbio... afinal, quem sou eu?”
A certa altura, um dia, na hora menos pensada, ouvimos o “grito”, aquele que vem de dentro de nós, aquele que nos chama à razão...
texto exatidão
Às vezes é preciso aprender a perder, a ouvir e não responder, a falar sem nada dizer, a esconder o que mais queremos mostrar, dar sem receber, sem cobrar, sem reclamar. Às vezes, é preciso partir antes do tempo, dizer aquilo que mais se teme dizer, arrumar a casa e a cabeça, limpar a alma. Às vezes, mais vale desistir do que insistir, esquecer do que querer. No ar ficará para sempre a dúvida se fizemos bem, mas pelo menos temos a paz de ter feito aquilo que devia ser feito, somos outra vez donos da nossa vida. Às vezes, é preciso abrir a janela e jogar tudo borda fora, queimar cartas e fotografias, esquecer a voz e o cheiro, as mãos e a cor da pele, apagar a memória sem medo de a perder para sempre, esquecer tudo, cada momento, cada minuto, cada passo e cada palavra, cada promessa e cada desilusão, atirar com tudo para dentro de uma gaveta e deitar fora a chave. Porque quem parte é quem sabe para onde vai, quem escolhe o seu caminho, mesmo que não haja caminho, porque o caminho se faz a andar. O sol, o vento o céu e o cheiro do mar são os nossos guias, a única companhia, a certeza que fizemos bem e que não podia ser de outra maneira. Quem fica, fica a ver, a pensar, a meditar, a lembrar. Até se conformar e um dia então, esquecer.
As Crónicas da Margarida,(texto com supressões)
quinta-feira, 17 de julho de 2008
Por um fio...
O poeta não tem fim...O amor, sim
Eu deixarei que morra em mim
o desejo de amar os teus olhos
(que são doces)
Porque nada te poderei dar senão
a mágoa de me veres
(eternamente exausto)
No entanto a tua presença
é qualquer coisa como a luz e a vida
E eu sinto que em meu gesto existe
o teu gesto
e em minha voz
(a tua voz).
Não te quero ter
porque em meu ser tudo estaria terminado.
Quero só que surjas em mim
como a fé nos desesperados
Para que eu possa levar uma gota de orvalho
nesta terra amaldiçoada
Que ficou sobre a minha carne
como um nódoa do passado.
Eu deixarei...
tu irás e encostarás a tua face em outra face
Teus dedos enlaçarão outros
e tu desabrocharás para a madrugada
Mas tu não saberás
que quem te colheu fui eu,
(porque eu fui o grande íntimo da noite)
Porque eu encostei minha face na face da noite
e ouvi a tua fala amorosa
Porque meus dedos enlaçaram
os dedos da névoa suspensos
(no espaço)
E eu trouxe até mim
a misteriosa essência do teu abandono
(desordenado).
Eu ficarei só como os veleiros
nos portos silenciosos.
Mas eu te possuirei mais que ninguém
porque poderei partir
E todas as lamentações
do mar, do vento, do céu, das aves, das estrelas
Serão a tua voz presente,
a tua voz ausente,
a tua voz serenizada.
Vinicius de Moraes
o desejo de amar os teus olhos
(que são doces)
Porque nada te poderei dar senão
a mágoa de me veres
(eternamente exausto)
No entanto a tua presença
é qualquer coisa como a luz e a vida
E eu sinto que em meu gesto existe
o teu gesto
e em minha voz
(a tua voz).
Não te quero ter
porque em meu ser tudo estaria terminado.
Quero só que surjas em mim
como a fé nos desesperados
Para que eu possa levar uma gota de orvalho
nesta terra amaldiçoada
Que ficou sobre a minha carne
como um nódoa do passado.
Eu deixarei...
tu irás e encostarás a tua face em outra face
Teus dedos enlaçarão outros
e tu desabrocharás para a madrugada
Mas tu não saberás
que quem te colheu fui eu,
(porque eu fui o grande íntimo da noite)
Porque eu encostei minha face na face da noite
e ouvi a tua fala amorosa
Porque meus dedos enlaçaram
os dedos da névoa suspensos
(no espaço)
E eu trouxe até mim
a misteriosa essência do teu abandono
(desordenado).
Eu ficarei só como os veleiros
nos portos silenciosos.
Mas eu te possuirei mais que ninguém
porque poderei partir
E todas as lamentações
do mar, do vento, do céu, das aves, das estrelas
Serão a tua voz presente,
a tua voz ausente,
a tua voz serenizada.
Vinicius de Moraes
A Morte nossa de cada dia
Nós estamos acostumados a ligar a palavra morte apenas à ausência de vida e isso é um erro. Existem outros tipos de morte e nós precisamos morrer todo dia. A morte nada mais é do que uma passagem, uma transformação. Não existe planta sem a morte da semente, não existe embrião sem a morte do óvulo e do esperma, não existe borboleta sem a morte da lagarta!
A morte nada mais é do que o ponto de partida para o início de algo novo. É a fronteira entre o passado e o futuro. Se você quer ser um bom universitário mate dentro de você o secundarista aéreo que acha que ainda tem muito tempo pela frente não fazendo nada.Quer ser um bom profissional? Então mate dentro de você o universitário descomprometido que acha que a vida se resume a estudar só o suficiente para fazer as provas. Quer ter um bom relacionamento então mate dentro de você o jovem inseguro ou o solteiro solto que pensa poder fazer planos sozinhos, sem ter que dividir espaços, projetos e tempo com mais ninguém.Enfim, todo processo de evolução exige que matemos o nosso "eu" passado, inferior. E, qual o risco de não agirmos assim? O risco está em tentarmos ser duas pessoas ao mesmo tempo, perdendo o nosso foco, comprometendo nossa produtividade e, por fim, prejudicando nosso sucesso.Muitas pessoas não evoluem porque ficam se agarrando ao que eram, não se projetam para o que serão ou desejam ser. Elas querem a nova etapa, sem abrir mão da forma como pensavam ou como agiam. Acabam se transformando em projetos inacabados, híbridos, adultos "infantilizados".
Podemos até agir, às vezes, como meninos, de tal forma que não matemos virtudes de criança que também são necessárias a nós, adultos, como: brincadeira, sorriso fácil, vitalidade, criatividade etc. Mas, se quisermos ser adultos, devemos necessariamente matar pensamentos infantis, para passarmos a pensar como adultos. Quer ser alguém: líder, profissional, pai ou mãe, cidadão ou cidadã, amigo ou amiga, esposo, esposa, namorado/namorada, melhor? Então, o que você precisa matar em si ainda hoje para que nasça o ser que você tanto deseja ser?Pense nisso e morra! Mas, não esqueça de nascer melhor!
"Em verdade, em verdade vos digo: Se o grão de trigo caindo na terra não MORRER, fica ele só; mas se MORRER, dá muito fruto..." João 12:24
By. Paulo Angelim
segunda-feira, 14 de julho de 2008
domingo, 13 de julho de 2008
NINGUÉM TEM NADA COM ISSO
O QUE VIRGÍNIA ME ENSINOU
Que a mente de um escritor deve ser desimpedida o suficiente para fazê-lo escrever de forma natural, criativa e incandescente sobre a realidade de um ser humano seja ele homem ou mulher;
Que o dom ou ofício da escrita deve contar com a pureza (da transmissão da realidade) como elemento primordial de sua composição;
Que tal pureza na literatura é tão escassa quanto a pureza dos bons princípios, da ética, e da gentileza em nosso dia-a-dia;
Que as mulheres de seu tempo estavam frustradas e enfurecidas demais para transmitirem pureza na (até então) escassa experiência feminina na arte de escrever; e que os homens, por sua vez, estavam (ainda estão) obcecados pela palavra “Eu”, por isso afogaram seus escritos num fluxo de autoconsciência carregado de indecência, de machismo, de virilidade... De testosterona;
Que o quadro social de sua época fechou as portas para a genialidade ao sugerir de forma nada sutil que os escritores adotassem uma postura na guerra dos sexos, o que levou homens e mulheres talentosos a desperdiçarem tempo discutindo ou rabiscando sobre a superioridade e inferioridade dos gêneros;
Que é preciso lutar pela conquista e pelo reconhecimento de obras geniais;
Que a genialidade existe à serviço da realidade, e que, por isso, deve apresentá-la da forma mais pura possível;
Que o escritor deve expressar o gênio que existe dentro dele e não expressar a si mesmo;
Que a alma deve iluminar a genialidade de um escritor, mas um escritor não deve permitir que sua alma entre no caminho a ponto de comprometer a realidade das coisas, das pessoas, do mundo;
Que para a literatura imortal o que o escritor tem a dizer é importante, mas o escritor em si e por si só, não o é.
Que o dom ou ofício da escrita deve contar com a pureza (da transmissão da realidade) como elemento primordial de sua composição;
Que tal pureza na literatura é tão escassa quanto a pureza dos bons princípios, da ética, e da gentileza em nosso dia-a-dia;
Que as mulheres de seu tempo estavam frustradas e enfurecidas demais para transmitirem pureza na (até então) escassa experiência feminina na arte de escrever; e que os homens, por sua vez, estavam (ainda estão) obcecados pela palavra “Eu”, por isso afogaram seus escritos num fluxo de autoconsciência carregado de indecência, de machismo, de virilidade... De testosterona;
Que o quadro social de sua época fechou as portas para a genialidade ao sugerir de forma nada sutil que os escritores adotassem uma postura na guerra dos sexos, o que levou homens e mulheres talentosos a desperdiçarem tempo discutindo ou rabiscando sobre a superioridade e inferioridade dos gêneros;
Que é preciso lutar pela conquista e pelo reconhecimento de obras geniais;
Que a genialidade existe à serviço da realidade, e que, por isso, deve apresentá-la da forma mais pura possível;
Que o escritor deve expressar o gênio que existe dentro dele e não expressar a si mesmo;
Que a alma deve iluminar a genialidade de um escritor, mas um escritor não deve permitir que sua alma entre no caminho a ponto de comprometer a realidade das coisas, das pessoas, do mundo;
Que para a literatura imortal o que o escritor tem a dizer é importante, mas o escritor em si e por si só, não o é.
sábado, 12 de julho de 2008
O VERSO DO POETA QUE NUNCA EXISTIU
Ilusão
Como encarar um coração partido sem ter um amigo;
que lhe aconselhe para lutar com toda garra
por um amor que virá;
Como encarar o amor por aquela que tu amas
mas não te corresponde;
por estar seguindo outro horizonte;
ai! Quem me dera ser seus labios
só para beija-la insensatamente;
ai! Quem me dera ser a matemática
só para ser gravado em sua mente;
ó Deus como queria ter um desejo,
que é ter o amor daquela que espero, e assim,
e somente assim preencheria o vazio
que sua distância provoca em mim
Um chamado
Um dia, escutei um chamado,
Era um anjo que sussurrava,
Disse que estaria ao meu lado,
E isso, quando eu mais precisava.
Na hora não fazia sentido,
Não entendia o que o anjo dizia,
Meu coração estava doído,
por meu amor que partido havia.
Foi então, num repente que vi,
Que o anjo que falava comigo,
Como foi lindo quando descobri,
Esse anjo, era o meu melhor amigo!
Era você meu doce anjo!
Era um anjo que sussurrava,
Disse que estaria ao meu lado,
E isso, quando eu mais precisava.
Na hora não fazia sentido,
Não entendia o que o anjo dizia,
Meu coração estava doído,
por meu amor que partido havia.
Foi então, num repente que vi,
Que o anjo que falava comigo,
Como foi lindo quando descobri,
Esse anjo, era o meu melhor amigo!
Era você meu doce anjo!
(***)
quinta-feira, 10 de julho de 2008
Simplesmente...
Atento-me ao poema de Eugénio de Andrade absolutamente fabuloso…
Adeus
Já gastámos as palavras
Adeus
Já gastámos as palavras
pela rua, meu amor,
e o que nos ficou não chega
e o que nos ficou não chega
para afastar o frio de quatro paredes.
Gastámos tudo menos o silêncio.
Gastámos os olhos
Gastámos tudo menos o silêncio.
Gastámos os olhos
com o sal das lágrimas,
gastámos as mãos à força de as apertarmos,
gastámos o relógio
gastámos as mãos à força de as apertarmos,
gastámos o relógio
e as pedras das esquinas
em esperas inúteis.
Meto as mãos nas algibeiras
Meto as mãos nas algibeiras
e não encontro nada.
Antigamente tínhamos tanto
Antigamente tínhamos tanto
para dar um ao outro;
era como se todas as coisas fossem minhas:
quanto mais te dava mais tinha para te dar.
Às vezes tu dizias:
era como se todas as coisas fossem minhas:
quanto mais te dava mais tinha para te dar.
Às vezes tu dizias:
os teus olhos são peixes verdes
E eu acreditava.
Acreditava, porque ao teu lado todas
E eu acreditava.
Acreditava, porque ao teu lado todas
as coisas eram possíveis.
Mas isso era no tempo dos segredos,
era no tempo em que
Mas isso era no tempo dos segredos,
era no tempo em que
o teu corpo era um aquário,
era no tempo em que os meus olhos
era no tempo em que os meus olhos
eram realmente peixes verdes.
Hoje são apenas os meus olhos.
É pouco mas é verdade,
Hoje são apenas os meus olhos.
É pouco mas é verdade,
uns olhos como todos os outros.
Já gastámos as palavras.
Quando agora digo: meu amor,
Já gastámos as palavras.
Quando agora digo: meu amor,
já não se passa absolutamente nada.
E no entanto,
E no entanto,
antes das palavras gastas,
tenho a certeza
tenho a certeza
de que todas as coisas estremeciam
só de murmurar o teu nome
no silêncio do meu coração.
Não temos já nada para dar.
Dentro de ti
só de murmurar o teu nome
no silêncio do meu coração.
Não temos já nada para dar.
Dentro de ti
não há nada que me peça água.
O passado é inútil como um trapo.
E já te disse:
as palavras estão gastas.
Adeus.
Eugénio de Andrade
O passado é inútil como um trapo.
E já te disse:
as palavras estão gastas.
Adeus.
Eugénio de Andrade
Fim de linha
segunda-feira, 7 de julho de 2008
Palavras de um mestre
Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma. E você aprende que amar não significa apoiar-se. E que companhia nem sempre significa segurança. Começa a aprender que beijos não são contratos e que presentes não são promessas.Começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança.Aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão.Depois de um tempo você aprende que o sol queima se ficar exposto por muito tempo.E aprende que, não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam… E aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la por isso. Aprende que falar pode aliviar dores emocionais.Descobre que se leva anos para construir confiança e apenas segundos para destruí-la.
E que você pode fazer coisas em um instante das quais se arrependerá pelo resto da vida. Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias.E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida.E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher.Aprende que não temos de mudar de amigos se compreendemos que os amigos mudam…Percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos. Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa… por isso sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas; pode ser a última vez que as vejamos. Aprende que as circunstâncias e os ambientes têm influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos. Começa a aprender que não se deve comparar com os outros, mas com o melhor que pode ser.Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que quer ser, e que o tempo é curto.Aprende que não importa onde já chegou, mas para onde está indo… mas, se você não sabe para onde está indo, qualquer caminho serve.Aprende que, ou você controla seus atos, ou eles o controlarão… e que ser flexível não significa ser fraco, ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem, pelo menos, dois lados. Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as conseqüências. Aprende que paciência requer muita prática.Descobre que algumas vezes a pessoa que você espera que o chute quando você cai é uma das poucas que o ajudam a levantar-se. Aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e o que você aprendeu com elas do que com quantos aniversários você celebrou. Aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha.Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens…Poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.Aprende que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel. Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer que ame não significa que esse alguém não o ama com tudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso.Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém...Algumas vezes você tem de aprender a perdoar a si mesmo.Aprende que com a mesma severidade com que julga, você será em algum momento condenado.Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára para que você o conserte. Aprende que o tempo não é algo que possa voltar.Portanto, plante seu jardim e decore sua alma, em vez de esperar que alguém lhe traga flores.
E você aprende que realmente pode suportar… que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais. E que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida! Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o bem que poderíamos conquistar se não fosse o medo de tentar.
W. Shakespeare
E que você pode fazer coisas em um instante das quais se arrependerá pelo resto da vida. Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias.E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida.E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher.Aprende que não temos de mudar de amigos se compreendemos que os amigos mudam…Percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos. Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa… por isso sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas; pode ser a última vez que as vejamos. Aprende que as circunstâncias e os ambientes têm influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos. Começa a aprender que não se deve comparar com os outros, mas com o melhor que pode ser.Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que quer ser, e que o tempo é curto.Aprende que não importa onde já chegou, mas para onde está indo… mas, se você não sabe para onde está indo, qualquer caminho serve.Aprende que, ou você controla seus atos, ou eles o controlarão… e que ser flexível não significa ser fraco, ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem, pelo menos, dois lados. Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as conseqüências. Aprende que paciência requer muita prática.Descobre que algumas vezes a pessoa que você espera que o chute quando você cai é uma das poucas que o ajudam a levantar-se. Aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e o que você aprendeu com elas do que com quantos aniversários você celebrou. Aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha.Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens…Poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.Aprende que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel. Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer que ame não significa que esse alguém não o ama com tudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso.Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém...Algumas vezes você tem de aprender a perdoar a si mesmo.Aprende que com a mesma severidade com que julga, você será em algum momento condenado.Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára para que você o conserte. Aprende que o tempo não é algo que possa voltar.Portanto, plante seu jardim e decore sua alma, em vez de esperar que alguém lhe traga flores.
E você aprende que realmente pode suportar… que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais. E que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida! Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o bem que poderíamos conquistar se não fosse o medo de tentar.
Coisas humanas
"É incrível como nós, seres humanos, conseguimos destilar tanto rancor, tanta raiva, tanto ressentimento! E é incrível como fazemos isso, na maioria das vezes, com as pessoas que nos são mais caras, mais queridas!
Em algum momento, por algum motivo, nossos sentimentos se misturam, se confundem e o que era o mais puro amor se contamina com ressentimentos, marcas negativas do que não conseguimos esquecer, perdoar, relevar.
Em algum momento, por algum motivo, nossos sentimentos se misturam, se confundem e o que era o mais puro amor se contamina com ressentimentos, marcas negativas do que não conseguimos esquecer, perdoar, relevar.
E sofremos duplamente: sofremos com os ressentimentos, mágoas e rancores que corroem nosso coração e sofremos sobretudo porque desejamos encontrar o caminho de volta e aprender a amar pura e simplesmente como antes, mas não sabemos como."
O seu toque
Amanheço do sono profundo da solidão.
Sua presença me encanta, me fascina e me seduz.
Por favor, Apague a luz!"
Vanessa Cavalcante
domingo, 6 de julho de 2008
A vida como ela é
A vida é tão intensa em sua plena integridade, cada passo que damos é uma invariável emoção. Temos tanto o que refletir sobre nós mesmo, sobre quem somos de verdade e como andamos levando a nossa vida diariamente... Existem tantas flores ao nosso caminho, apesar dos espinhos e é com eles que devemos ter cuidado.
Gosto de imaginar os meus antigos planos, projetos e sonhos, então conclui que concretizei praticamente todos, mesmo inúmeras pessoas ansiando a minha incapacidade de lutar e vencer meus obstáculos mais íntimos. Como sempre acontece com o ser humano, somos insaciáveis, buscamos sempre mais, a mente e os desejos não se calam jamais. No decorrer do meu caminho começou a surgir nossas expectativas diante do meu destino, dos detalhes mais fortes que gostaria de concretizar e um deles e ser sempre limpa e digna de respeito por todos que passam ao meu redor e daqueles que fazem parte do meu cotidiano. Existem, logicamente, outras coisas que perduram em minha mente e nos meus braços – o desejo de ser cada dia melhor – Sei o quanto é complicado lidar com as pessoas e também com nossas próprias deficiências. Mas, podemos tentar! Temos todas as armas em nossas mãos, somos como o céu, repletos de instabilidades. Mas estamos sempre no topo das ações, inteiros e reluzentes em tudo, somos o primordial como o ar da atmosfera, somos fera e a selva não sobrevive sem animais.”
Vanessa Cavalcante
Desfrutar emoções
"Beleza e Carisma dizem que tenho
Nem eu mesma estou certa do que faço Mas muito do que obtenho
É com manha e rebolado
Impressões erradas tiram de mim
Mas não mais me impressiono
Agora, minha boca carmim
Faz-me ganhar tudo que sonho
Posso exagerar nos apelos
Mas com meu corpo tudo ganho
Uso de pernas, nuca e pêlos
Assim a ninguém mais engano
Uma beldade nunca serei
Não sou bonita, eu sei
Mas quem disse que
A um homem nunca fascinei?
Nasci assim,
Com o ardor na pele
Aproveito até o fim
Tudo que o mundo me oferece! "
Plagio perfeito
"Quero cor, flores e paz
Quero ter e ser o que desejo
Quero enxergar onde não vejo
Quero fazer o que ninguém faz
Ainda que meu corpo negue
Meu espírito é livre, e segue
Corre pelos labirintos da vida
Buscando sua real saída
Não há mais mistérios
Nem cores que a retina não vê
Somos todos esses adultérios
Aos corpos nos quais ninguém mais crê
Não busco mais nada
Desejo apenas viver
Sou a mulher mais amada
Pelo seu próprio ser "
sábado, 5 de julho de 2008
Oscilações diárias
Sofremos tantas decepções, com pessoas de fato especiais – aquelas que realmente amamos – que às vezes preferimos o silêncio da solidão, que nem é tão grande para que tenha imaginação, um bom filme na gaveta, um musical divertido ou aquele livro, aquele mesmo que já releiu dez mil vezes. Ainda vale a pena, abandonar a carne alheia e defrontar apenas com seu corpo... Mas o dia cai, as horas oscilam naturalmente e de repente você começa a acreditar que pensou mil bobagens... Pensou?
O amor...
Amargo e sem sabor, quando desamor...
O amor é gelado quando não compartilhado
É dor latente nos músculos da alma
Quase um corte sem cicatriz...
Vanessa Cavalcante
Passado...
A escuridão agita e desperta a imaginação. Silenciosamente os sentidos Abandonam as defesas. Incapaz de resistir às notas que escrevo. Suave e primorosamente a música vai acariciá-la - Ouça-a. Sinta-a possuí-la secretamente. Abra sua mente, liberte suas fantasias "Nesta Escuridão". E inicie uma viagem para um novo mundo e estranho esqueça tudo sobre a vida que conhecia até agora.
Algumas pessoas ouvem suas próprias
Vozes interiores e vivem de acordo com o que ouvem...
Essas pessoas tornam-se lendas.
(Lendas da Paixão)
sexta-feira, 4 de julho de 2008
Retratos de uma mulher
Dessa vez eu vou ser louca! Vou arrancar a sua roupa com apenas a minha boca. Sussurrar aos teus ouvidos as mais ardentes histórias de amor. Vou apagar o passado e tudo que não faz mais sentido e vivenciar nosso presente – como Deuses que somos – Lhe farei sentir o homem mais desejado do mundo, aquele ultimo MM marrons do pacote, um menino selvagem, com apenas um gemido, um toque mais íntimo... Vou gozar, feito felina no seu umbigo, perfeitinho Corel DRAW X3 ou o mais complexo programa existente... Sei que vai delirar com meu âmago diferente e se deliciar no meu corpo tão gelado e quente!
Vanessa Cavalcante
Vanessa Cavalcante
A medida em Lumens
A luminescência (medida em lumens) é a medida da intensidade da luz que é na realidade apreendida pelo olho humano. A radiação luminosa é uma medida do output total na fonte; A luminescência mede apenas a porção que é apreendida. Luminosidade é uma medida subjetiva do quão brilhante um objeto parece ao olho humano. É praticamente impossível de medir objetivamente: Uma vela num quarto escuro parecerá brilhante a quem a vê; isso já não acontecerá à luz do sol.
"Reconhecendo a influência invariável
do desejo sobre a nossa natureza apaixonada,
então esforçamo-nos para obter a paz de espírito,
de que resulta a capacidade para argumentar.
Embora tal atitude não seja fácil de manter,
todas as coisas nobres são tão difíceis quanto raras".
Amigos textuais
Não tenho nenhum amigo em especial que posso diferenciar aos que já conheço. Todos exercem a mesma sentimentalidade errante e ultrajante dentro de mim... Exatamente ninguém se difere! Conclui isso em pouco tempo. Meus amigos são de passagem, como aquelas pessoas que conhecemos na praia e queremos passar uma vida inteira ao lado delas. Mas elas passam e a gente também... Meus amigos são conhecidos amados que sempre encontro por onde passo e sempre será importante guardá-los dentro das minhas lembranças, cada qual na sua vertente. Mas na minha intimidade, meus prazeres textuais me satisfazem.
Vanessa Cavalcante
Vanessa Cavalcante
“Amigos são aqueles
que não te abandonam
quando a porta do inferno se abre”
Aposento ensolarado
Deste que você foi embora, meu Mestre, tudo ficou tão gelado e sombrio. Parece até que a nevoa de Campos de Jordão invadiu a Alta Sorocabana e que os tempos de calor não passarão mais por aqui.
Passo em frente da morada da tua carne, que se esvai conforme o tempo natural da morte e penso como seria mágico se pudéssemos conversar novamente. Mas como isso seria possível, se já não se encontra entre nós? Sinto falta das conversas na varanda de casa, das discussões de pauta sobre o nosso jornal. Até das brigas sobre suas idéias hilariantes relacionadas a fazer uma imprensa marrom. Quem importaria?
As línguas felinas declamam por ai que busco um pai, não um homem, mas saiba que sempre será insubstituível em minha vida. No fundo acho que todos deveriam saber que não busco nada em relação a minha vida pessoal. Não aprecio a solitude que se instalou em minha jornada momentânea, mas ando até sorrindo comigo mesma. Tenho o mais importante - a excitação no que faço - o meu trabalho, me consome e me abstrai, tempo suficiente para não pensar em namoricos fúteis e banais.
Tentei me relacionar com alguém, foi um desastre total, tenho certeza que não nasci para relacionamentos, mesmo sendo romancista, poeta e sentimentalmente aguçada para relações amorosas, não tenho tido muito sucesso neste setor. Prefiro esquecer... Esquecer que as pessoas podem se apaixonar e viver mutuamente entre si.
Ultimamente meus tempos livres estão voltados para a minha arte, pelos meus ensaios literários. Preciso concluir minha missão neste universo absurdo, do qual ainda faço parte, e ter alguém atrapalharia todo processo. Além do que costumo fazer as pessoas sofrerem...
Sei o quanto é triste para uma poeta admitir sua incapacidade de amar, de compartilhar e interagir com o mundo lá fora, mas meus pensamentos me confortam, me aquecem e me dão forças para seguir em frente, mesmo sem uma família, sem filhos e sem um amor de verdade. Usufruo de toda a minha arte e faço isso com classe de aprendiz, pois é a única forma que encontrei de ser feliz – Trancada em mim mesma!
Vanessa Cavalcante
Passo em frente da morada da tua carne, que se esvai conforme o tempo natural da morte e penso como seria mágico se pudéssemos conversar novamente. Mas como isso seria possível, se já não se encontra entre nós? Sinto falta das conversas na varanda de casa, das discussões de pauta sobre o nosso jornal. Até das brigas sobre suas idéias hilariantes relacionadas a fazer uma imprensa marrom. Quem importaria?
As línguas felinas declamam por ai que busco um pai, não um homem, mas saiba que sempre será insubstituível em minha vida. No fundo acho que todos deveriam saber que não busco nada em relação a minha vida pessoal. Não aprecio a solitude que se instalou em minha jornada momentânea, mas ando até sorrindo comigo mesma. Tenho o mais importante - a excitação no que faço - o meu trabalho, me consome e me abstrai, tempo suficiente para não pensar em namoricos fúteis e banais.
Tentei me relacionar com alguém, foi um desastre total, tenho certeza que não nasci para relacionamentos, mesmo sendo romancista, poeta e sentimentalmente aguçada para relações amorosas, não tenho tido muito sucesso neste setor. Prefiro esquecer... Esquecer que as pessoas podem se apaixonar e viver mutuamente entre si.
Ultimamente meus tempos livres estão voltados para a minha arte, pelos meus ensaios literários. Preciso concluir minha missão neste universo absurdo, do qual ainda faço parte, e ter alguém atrapalharia todo processo. Além do que costumo fazer as pessoas sofrerem...
Sei o quanto é triste para uma poeta admitir sua incapacidade de amar, de compartilhar e interagir com o mundo lá fora, mas meus pensamentos me confortam, me aquecem e me dão forças para seguir em frente, mesmo sem uma família, sem filhos e sem um amor de verdade. Usufruo de toda a minha arte e faço isso com classe de aprendiz, pois é a única forma que encontrei de ser feliz – Trancada em mim mesma!
Vanessa Cavalcante
quarta-feira, 2 de julho de 2008
Nem tudo são flores
Então pratique a solariedade com o próximo.
Um sorriso pode mover montanhas!"
Vanessa Cavalcante
segunda-feira, 30 de junho de 2008
Retratos
O bem e o mal
Hoje foi o pior dia da minha vida.
Nunca pensei que fosses assim,
Falso, odioso, temível, um inimigo a abater,
A sério de ti nunca pensei isto,
Mas como costumo dizer e muito bem:
A máscara terá sempre que cair, mesmo que mostre
O bem ou o mal.
Mas a tua mostrou o mal.
E é por essa razão que nunca te quis aceitar,
E sei que nunca me quiseste aceitar
Nunca pensei que fosses assim,
Falso, odioso, temível, um inimigo a abater,
A sério de ti nunca pensei isto,
Mas como costumo dizer e muito bem:
A máscara terá sempre que cair, mesmo que mostre
O bem ou o mal.
Mas a tua mostrou o mal.
E é por essa razão que nunca te quis aceitar,
E sei que nunca me quiseste aceitar
Por não ter nenhuma máscara,
Por eu mostrar sempre o que sou,
Por eu mostrar sempre o que sou,
Por nunca ser falsa,Temível e má.
Por ser sempre eu nos bons e nos maus momentos.
E agora juro que nunca quero me apaixonar,
Porque não quero sofrer nem conhecer gente,
Que esconde por detrás de um sorriso,
Uma falta de respeito, uma "língua suja "
Por ser sempre eu nos bons e nos maus momentos.
E agora juro que nunca quero me apaixonar,
Porque não quero sofrer nem conhecer gente,
Que esconde por detrás de um sorriso,
Uma falta de respeito, uma "língua suja "
E um ódio tenebroso de mim.
Acho que o que te leva a dizer isto não é o fato
Acho que o que te leva a dizer isto não é o fato
De saberes que gostei de ti,
Mas sim, o fato de nunca ser mentirosa,
Mas sim, o fato de nunca ser mentirosa,
Dizer logo o que me vem á cabeça.
E é assim que prefiro ficar e digo-te
E é assim que prefiro ficar e digo-te
Para nunca esconderes a tua personalidade,
Ela mostra-se onde estiver...
Ela mostra-se onde estiver...
sábado, 28 de junho de 2008
Armário em passos leves
lugar de guardar coisas velhas, poesias, músicas, confissões, lembranças, alegrias, tristezas, impressões e percepções do mundo, belezas e inutilidades do tudo a minha volta. uma caixinha aberta para a bisbilhotice, para me permitir mergulhar nas profundas possibilidades do dizer, do falar. uma caixinha onde não mais se escondem coisas, mas onde elas se revelam, pelo avesso do avesso do avesso.
Lágrimas em mim
Não sei de onde vem está tristeza que me prende a alma. Não sei explicar porque choram os olhos, as lágrimas que a chuva teimou em trazer. Porquê ficar presa em um sonho que se acaba mesmo antes de começar?
Quero naufragar no meu mar de sentidos, afogar as ilusões, desistir de navegar contra as marés que só me afastam para destinos inventados, longe de uma realidade que dói, que magoa, sempre que o pensamento voa…
Não quero mais lutar contra ventos contrários que gritam em meus ouvidos que nada tenho… desisto… Desisto das batalhas que o coração muitas vezes travou com a razão.
Desisto e sigo ao sabor da brisa, fingindo sorrisos, escondendo lágrimas nas águas de um oceano de sentidos…
Que se afogam os desejos, os sonhos e as vontades e que nesta dor que não pára, que renasce a única razão de eu aqui estar…quem de verdade sempre me amou!
Hoje, o mar é apenas o refúgio de uma dor. Já não há ondas que beijam a areia, nem gaivotas que cantam sonhos… Apenas sal de lágrimas caídas e ilusões perdidas…
Afinal sei de onde vem essa tristeza…
Quero naufragar no meu mar de sentidos, afogar as ilusões, desistir de navegar contra as marés que só me afastam para destinos inventados, longe de uma realidade que dói, que magoa, sempre que o pensamento voa…
Não quero mais lutar contra ventos contrários que gritam em meus ouvidos que nada tenho… desisto… Desisto das batalhas que o coração muitas vezes travou com a razão.
Desisto e sigo ao sabor da brisa, fingindo sorrisos, escondendo lágrimas nas águas de um oceano de sentidos…
Que se afogam os desejos, os sonhos e as vontades e que nesta dor que não pára, que renasce a única razão de eu aqui estar…quem de verdade sempre me amou!
Hoje, o mar é apenas o refúgio de uma dor. Já não há ondas que beijam a areia, nem gaivotas que cantam sonhos… Apenas sal de lágrimas caídas e ilusões perdidas…
Afinal sei de onde vem essa tristeza…
Manchas no papel
A ausência de sentimentalidades
È fruto latente da minha ignorância
Da falta incondicional das flores
Das emoções naturais das cores...
A força demanda meus passos
Mesmo neste frio eu continuo
Degrau por degrau seguindo
O que a vida me desponta...
Tristezas
São caladas e estampadas
Na minha face pequena
Caída com o vento da tarde
A minha dor me arde...
Não perco a fala, apenas abstraio
Como oculto vadio menestrel
Deixo as lágrimas mancharem o papel
Sem alegria, o meu manuscrito...
Torna-se panas um rabisco!
Vanessa Cavalcante
sexta-feira, 27 de junho de 2008
A única culpada sou seu...
O poeta não tem fim... O amor, sim
Eu deixarei que morra em mim
O desejo de amar os teus olhos
(que são doces)
Porque nada te poderei dar senão
A mágoa de me veres
(eternamente exausto)
No entanto a tua presença
É qualquer coisa como a luz e a vida
E eu sinto que em meu gesto existe
O teu gesto
E em minha voz
(a tua voz).
Não te quero ter
Porque em meu ser tudo estaria terminado.
Quero só que surjas em mim
Como a fé nos desesperados
Para que eu possa levar uma gota de orvalho
Nesta terra amaldiçoada
Que ficou sobre a minha carne
Como uma nódoa do passado.
Eu deixarei...
Tu irás e encostarás a tua face em outra face
Teus dedos enlaçarão outros
E tu desabrocharás para a madrugada
Mas tu não saberás
Que quem te colheu fui eu,
(porque eu fui o grande íntimo da noite)
Porque eu encostei minha face na face da noite
E ouvi a tua fala amorosa
Porque meus dedos enlaçaram
Os dedos da névoa suspensos
(no espaço)
E eu trouxe até mim
A misteriosa essência do teu abandono
(desordenado).
Eu ficarei só como os veleiros
Nos portos silenciosos.
Mas eu te possuirei mais que ninguém
Porque poderei partir
E todas as lamentações
Do mar, do vento, do céu, das aves, das estrelas
Será a tua voz presente,
A tua voz ausente,
A tua voz serenizada.
Vinicius de Moraes
Eu deixarei que morra em mim
O desejo de amar os teus olhos
(que são doces)
Porque nada te poderei dar senão
A mágoa de me veres
(eternamente exausto)
No entanto a tua presença
É qualquer coisa como a luz e a vida
E eu sinto que em meu gesto existe
O teu gesto
E em minha voz
(a tua voz).
Não te quero ter
Porque em meu ser tudo estaria terminado.
Quero só que surjas em mim
Como a fé nos desesperados
Para que eu possa levar uma gota de orvalho
Nesta terra amaldiçoada
Que ficou sobre a minha carne
Como uma nódoa do passado.
Eu deixarei...
Tu irás e encostarás a tua face em outra face
Teus dedos enlaçarão outros
E tu desabrocharás para a madrugada
Mas tu não saberás
Que quem te colheu fui eu,
(porque eu fui o grande íntimo da noite)
Porque eu encostei minha face na face da noite
E ouvi a tua fala amorosa
Porque meus dedos enlaçaram
Os dedos da névoa suspensos
(no espaço)
E eu trouxe até mim
A misteriosa essência do teu abandono
(desordenado).
Eu ficarei só como os veleiros
Nos portos silenciosos.
Mas eu te possuirei mais que ninguém
Porque poderei partir
E todas as lamentações
Do mar, do vento, do céu, das aves, das estrelas
Será a tua voz presente,
A tua voz ausente,
A tua voz serenizada.
Vinicius de Moraes
quinta-feira, 26 de junho de 2008
Alem da imaginação
Tudo e quase nada!
Assinar:
Postagens (Atom)