domingo, 22 de fevereiro de 2009

Na retranca do destino

Ninguém perde a panca depois de uma ilustre descoberta, o inevitável eu interior... Quem escreveria algo assim, detalhes do ir e vir de cada momento vivenciado, amado e até muitas vezes rogado por menos. Às vezes chego a pensar que fui abduzida e lançada em uma história... Assim mesmo como o seu pensamento imaginou; rapidamente impulsionada para frente e levada no vento, como um sopro. Por mais que eu tente, não conseguirei entender o que acontece, porque meu vazio é tão imenso? Olho-me e vejo uma mulher sensível e fortemente rude, embriagada de crenças e deusas que jamais tentou utilizar... Sigo a vida sem mascaras e o mais interessante nisso tudo é que hoje é carnaval, todo mundo resolveu escolher seu disfarce e eu já tenho o meu... Eu mesma, por mim retalhada e vital como uma rocha, uma mulher de sentimentalidades alheias as convenções habituais. Queria poder parar e apenas escrever, escrever a vida inteira... E dividir com o mundo que no fundo somos todos iguais, o que nos resta são as pegadas que deixamos para trás, quando olhamos de repente. Estava a tanto tempo vivendo vazia, sem motivação na rotina estressante, sem paixão nos momentos necessários e aparece você... E me mostra o quanto é bom ter em quem pensar quando anoitece - alguém na imaginação girando ao redor da mente, no fundo e mais profundo pensamento (olha que não acreditava mais que um filme me lembrasse um homem, como agora). Como é maravilhoso nosso poder de transformar, criar e recrear sensações tão suaves e significantes... Só uma palavra vem em mente, a descoberta perfeita, o anel que serve direitinho no dedo, o desejo de tocar ou ao menos olhar distante, apenas para apreciar, degustar com os olhos a magia do único verbo original, o amor.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Artista plena...


Voz que se cala
Amo as pedras, os astros e o luar
Que beija as ervas do atalho escuro,
Amo as águas de anil e o doce olhar
Dos animais, divinamente puro.
Amo a hera que entende a voz do muro
E dos sapos, o brando tilintar
De cristais que se afagam devagar,
E da minha charneca o rosto duro.
Amo todos os sonhos que se calam
De corações que sentem e não falam.
Tudo o que é Infinito e pequenino!
Asa que nos protege a todos nós!
Soluço imenso, eterno, que é a voz
Do nosso grande e mísero Destino!...

(Florbela Espanca)

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Uma lição


"Aprendi que o SONHO transforma a vida numa grande aventura. Ele não determina o lugar aonde você vai chegar, mas produz a força necessária para arrancá-lo do lugar em que você está...."

Os sonhos...


" Os sonhos trazem saúde para a emoção, equipam o frágil para ser autor da sua história, renovam as forças do ansioso, animam os deprimidos, transformam os inseguros em seres humanos de raro valor. Os sonhos fazem os tímidos terem golpes de ousadia e os derrotados serem construtores de oportunidades...."

(Augusto Cury)

Página virada


Perdoe-me por não ter sido a esposa ideal... Nunca fui do tipo papel de carta e bonequinha de papel, apesar do romantismo aguçado. De personalidade forte, sigo sem esquadros, sem fronteiras, sem medo de errar e tentar novamente. Fomos felizes até o segundo tempo... Depois adeus mensagens, flores e comportamento cordial. Meu amigo as máscaras caem e hoje vejo que jamais amei verdadeiramente... Mas chorei e sorri o suficiente para declarar que valeu a pena enquanto durou – muito pouco tempo, mas não poderia ter sido mais. Jamais voltaria atrás, vivenciei a maestria do amor disfarçado e agora assino o divorcio sem magoa e sem alegria, apenas com aquela sensação de apatia, de absolutamente nada... Estranho, queria sentir alguma coisa, manifestar algo, mesmo que seja ruim e não consigo! Apenas digo que é maravilhoso o casamento... Dividir as mesmas coisas, compartilhar momentos é encantador, até escovar os dentes fica atraente, diferente do habitual. É mais uma página virada na minha vida que recomeça com novos planos de encontrar o verdadeiro amor... Um poeta não desiste jamais!

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Acenda as luzes, quero sentir de perto


“Você me fez parar, me fez escrever novamente com olhar de positividade e naturalidade, as coisas parecem tão simples diante de tudo... E o que eu mais queria aconteceu; você – meu jornalista – apareceu. E agora mundo me diga o que devo fazer? Como deve reagir...porque me questiono se sei que não reagiria, observaria como telespectador apenas, mesmo sendo coadjuvante. E esperaria ele vir ao meu encontro... ou fazer algo que me faça ir até ele, enfim, não sei bem como as formas se encaixam tão perfeitamente, mas sei que de algum modo elas se encaixam. O que dizer desse rapaz que me chama de menina...rsrsrs. Eu? A divorciada da família.”