domingo, 1 de junho de 2008

Filmes estranhamente reais


Alguns filmes dizem que para viver é preciso ter um plano e acreditar cada instante que tudo pode dar certo no final, mesmo muitos não tendo um final feliz. Mas quase todos começam... Enrolam-se no clímax prendendo o telespectador ao ilustre final, que os espertinhos sempre sabem e fazem questão de denunciar isso. – Eu sabia! Eu nunca fui do tipo espertinha, por deslize de personalidade ou sei lá o que, sou daquelas idiotas que ardem até a última fotografia e choram nos créditos imperceptíveis... Todos relatam algo que não percebemos e que quando revemos sai àquela frase mágica – É mesmo, olha só isso! Sejam cenas estrategicamente lançadas de relance, uma imagem despercebida entre as colinas, uma frase do seu ator predileto com um efeito devastador, que diz exatamente tudo que precisava naquele momento... Pensando nisso, questiona-me se realmente precisamos ter um plano para seguir viagem. Podemos projetar nossas emoções e comandar todas as cenas com nosso controle remoto emocional? Podemos apertar o STOP quando queremos e o PLAY quando temos vontade? Neste caso, estamos pensando exatamente em quem? Vivemos emoções sozinhos ou partilhamos emoções na maior parte do tempo... Como agimos diante do outro em nossas vidas? Como projetamos nossos objetivos e nossos planos, se é que temos algum, com alguém? Será que o outro sabe a verdadeira nascente do seu plano e este pode existir sozinho? Nem no universo dos negócios isso acontece! Agora, neste instante, pode imaginar na sua vida pessoal? – Sai da minha vida, você não faz parte do plano! – Fique, por favor, temos um plano! Que loucura, essa magnitude de vida pessoal... Alguém pode viver sem um plano afinal? E como acreditar nele...

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